ESTIMULAÇÃO PRECOCE


A estimulação precoce é o atendimento destinado aos bebês com atraso no desenvolvimento, ou seja, aqueles que durante o período gestacional, parto ou após o nascimento, sofreram alguma intercorrência que levou a lesões de estruturas do sistema nervoso e que desencadearam alterações no desenvolvimento neuropsicomotor desse bebê.
O tratamento por estimulação precoce é possível porque se pressupõe a existência da plasticidade neural (a possibilidade de áreas neronais vizinhas assumirem a função relativa a área lesada, mediante um processo de estimulação). Esse atendimento deve ser iniciado logo após esse bebê seja diagnosticado como portador de atraso no desenvolvimento, a fim de prevenir, minimizar e tratar déficits neuropsicomotores e cognitivos, visando sempre à funcionalidade.
O bebê então é avaliado por equipe multiprofissional, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e professor da educação precoce, que irão realizar o atendimento por estimulação precoce e orientar à família quanto aos cuidados com o bebê, que são indispensáveis para o bom andamento do trabalho já que o bebê passa a maior parte do tempo com a família.
A estimulação precoce consiste em uma série de exercícios para desenvolver as capacidades da criança de acordo com a fase do desenvolvimento em que ela se encontra. É importante que as atividades da estimulação sejam agradáveis tanto para os pais quanto para as crianças, pois desta forma estão dando carinho e atenção e criando um ambiente propício à estimulação.
Não se trata de obriga-la e menos ainda de “superestimular”, o objetivo é favorecer o desabrochar, adaptando ao ritmo e personalidade da criança, deixando-a a vontade com seu próprio corpo. Essa forma de manusear é fundamental, não custa dinheiro, talvez só um pouco de tempo. Porém obriga-nos a uma grande mudança em nossos atos e comportamentos da vida cotidiana: o modo de carregar, de trocar, de dar-lhe banho, comida, de brincar com ela... É necessário aproveitar todas essas situações. Onde serão estimulados as percepções sensoriais, os movimentos normais, o rolar, o sentar, o engatinhar, a marcha, a comunicação, a socialização e a capacidade de raciocínio.
Eis porque não basta amar e alimentar uma criança... É preciso compreender e saber que suas atividades motoras contribuem para o desenvolvimento do cérebro e são indispensáveis à organização do sistema nervoso. Qualquer coisa pode ser um estímulo: brinquedos coloridos, músicas, conversas ou o próprio movimento de casa, o importante é saber adequá-los a cada idade.
Atualmente atendemos 10 crianças na estimulação precoce no período da manhã, o que nos tem mostrado ser um trabalho árduo porém, muito importante para alcançarmos os objetivos de promover o desenvolvimento global da criança aproximando-o ao máximo do normal, ou mesmo favorecendo a manutenção e aprimoramento das funções existentes, prevenindo vícios posturais patológicos e sempre primando pela independência, recuperação ou adaptação.
 

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